Novo 100 Maneiras– Um 39!
Foram precisos 4 anos. Mas valeu a pena. O novo 100 Maneiras abriu no passado dia 28 de Fevereiro.
Dizem que a dificuldade faz o homem. Quatro anos de reconstrução, fizeram um restaurante que é muito mais que isso. A concretização de um sonho antigo, em primeiro lugar. História(s) de vida, também: a do chefe de cozinha Ljubomir Stanisic e de muitas outras (como as dos sócios de Ljubomir, Nelson Santos e Nuno Faria) que cabem dentro destas paredes que se forram a pedra e veludo, a ruína e luxo.
Com projecto de arquitectura assinado pela dupla HAJE e decoração de interiores a cargo de Nini Andrade Silva, o novo 100 Maneiras é a evolução natural do nº 35, antigo restaurante na mesma rua (entretanto fechado para obras de remodelação), que durante 10 anos marcou o renascimento e ascensão do chefe jugoslavo-mais-português-de-sempre.
Com o espaço, mudou também a identidade gráfica, criada pela agência criativa Partners, e as fardas, desenhadas por Mário Matos Ribeiro, fundador da ModaLisboa e professor universitário de Moda.
“A História” é o nome do menu degustação (17 momentos) que propõe uma viagem pela vida do chef-patrón, e que se inicia com um sugestivo “Bem-vindos à Bósnia”: primeiro conhecemos onde tudo nasceu, depois vemos como Ljubo cresceu, por onde viajou, o que o marcou. Disponíveis em breve, estarão também dois outros menus: “O Conto” (mais curto) e “Ecos do 100” (100% vegetariano).
Embora o número de lugares se tenha mantido praticamente inalterado em relação ao antigo restaurante (32 mais concretamente), este é um admirável novo 100, dividido em três salas (Estufa, Mesa de Jantar e Quarto dos Fundos) e que inclui ainda 1 bar de cocktails da responsabilidade da equipa premiada do Bistro 100 Maneiras e onde se aboliu o shaker para uma experiência mais “stirred”… No capítulo líquido, menção ainda para as duas novas cartas de vinhos: a primeira, com cerca de 400 referências, e uma segunda, com uma selecção de 100 desses vinhos, agrupados de forma pouco usual – incluindo a selecção de “Não beber antes de morrer” assinada pelo produtor Dirk Niepoort.
O nascimento do novo restaurante foi também a oportunidade para fazer uma declaração de princípios. Um deles, o de reduzir cada vez mais a pegada ecológica deixada para trás. Para isso, foi comprada uma máquina de compostagem, que irá transformar o lixo orgânico dos restaurantes do grupo em fertilizante para a agricultura – a ser trocado depois por produtos hortícolas de produção biológica.
Porque o 100 não é “apenas” um restaurante. É matéria de sonho – tornada realidade. E está, finalmente, aqui: pronto a conhecer, todos os dias, entre as 19h e as 02h.