Boas novas no Bistro
Somos piores que crianças… não esperámos por dia 24 para abrir os presentes. E abrimos Dezembro de 2018 com novos menus às mesas do Restaurante e do Bistro; novo bar para a alquimia certa; novos cocktails para provar todos os dias das 12h às 02h; novas obras de arte para admirar de boca cheia; um Quarto redecorado onde apetece tudo menos dormir; e uma nova bebida assinada pelo chefe Ljubomir Stanisic.
A família 100 Maneiras celebra à grande, à portuguesa e à jugoslava, com braços abertos ao Mundo todo. Celebramos à vida, todos os dias.
Novos menus
No Restaurante 100 Maneiras, no Bairro Alto, este será, provavelmente, o último menu degustação antes da mudança para a nova morada. Uma despedida que quisemos fazer em grande, com os produtos da época a unirem-se às especiarias, ervas e sabores fortes que marcam a cozinha de Ljubomir e do 100. Daí resultam pratos como “Feel the beet!” (Beterraba com ras el hanout e manjericão), “Scarlet Johansson” (Lula recheada com arroz vermelho, tahini e chouriço), ou “We have a dill” (Tupinambour, avelãs e endro).
Também no Bistro 100 Maneiras, sem surpresas e mantendo o que tem sido a linha deste restaurante no Chiado, o menu recebe novas propostas inspiradas nos ingredientes da estação, com referências vindas um pouco de todo o mundo, mas sobretudo da Ásia – evidenciando o percurso do chefe executivo do 100 Maneiras, Manuel Maldonado, que tem no currículo uma passagem por Singapura. “Bun, baby bun!” (Pãezinhos de leitão), “East Side Story” (Galinha panada com pele de porco frita em molho agridoce), “From the inside” (Satay de moelas de pato) e “Bacalhau de corrida” (Ramen de bacalhau) são alguns dos exemplos mais claros desta viagem luso-oriental, onde continua a haver espaço para as especialidades made in Balcãs, como incontornável “Burek jugoslavo de queijo e espinafres, o “Cevapi” (Somun com rolinhos de carne) ou uma reinvenção da sobremesa “Tufahija”, agora em versão 2.0 (Maçã caramelizada, gelado de baunilha e crocantes de noz).
E porque a época de festas pede celebrações à altura, tanto o 100 Maneiras como o Bistro 100 Maneiras vão ter portas abertas nas noites de 24 e 31 de Dezembro. No caso do restaurante do Bairro Alto, em ambas as noites o menu degustação Outono-Inverno será servido em exclusivo com harmonização de vinhos – em equipa vencedora, já se sabe, não se mexe (muito). Já no Bistro, a equipa de cozinha criou dois menus especiais, harmonizados pelos nossos sommeliers com vinhos especialíssimos, para duas noites únicas. No dia 24, “All We Want for Christmas” reúne tradição e uma dose generosa de irreverência, com pratos como “Long live the cod” (Pastéis de roupa velha e aioli), “Lamb Rover” (Perna de cabrito, gratinado de batata e maçã, jus de cabrito e acelgas salteadas) e “Tudo o que o Vento não Levou” (Rabanadas com gelado de Madeira e praliné de noz), havendo espaço ainda para mimos como “Take me Out” – um bolo-rei caseiro para levar, no final. “A Noite é uma Passagem” é o nome do menu para o último jantar de 2018, onde não faltam ingredientes de luxo, como ostras, lavagante, trufa negra, foie gras, pregado e carne Wagyu – porque se é para celebrar, celebremos com tudo o que temos direito.
Novo bar e novos cocktails
Era uma ideia namorada há anos. Um casamento que começou num flirt entre a Schweppes e o Bistro 100 Maneiras e que deu origem ao mais novo rebento da casa: o novo bar do Bistro 100 Maneiras.
Para o “parto” foi escolhido Filipe Pinto Soares, artista com uma longa história de colaboração com a casa – autor das montras Milagro, no exterior do restaurante, e co-autor da Hendrick’s Room, no piso superior, só para nomear duas das suas obras.
O objectivo foi dar nova vida e maior funcionalidade ao bar que, mais que uma extensão do restaurante, é um espaço com mérito, argumentos e prémios próprios – como o Coaster 2017 para Melhor Bar de Restaurante em Portugal.
“Como o espaço de trabalho era muito curto, a minha ideia foi aproveitar o pequeno espaço entre o bar e as montras e fazer uma peça com referências à história da Schweppes, em harmonia com a estética do 100 Maneiras”, revela o autor-artista. Os vidros de laboratório, que remetem para a alquimia da criação da água carbonatada, e as peças de relógios, que recordam o passado de relojoeiro de Johann Schweppe, fundador da empresa, combinam-se com a utilização de espelhos que proporcionam uma ilusão óptica de profundidade – à semelhança daquilo que foi feito na Hendrick’s Room.
E se os reis magos receberam o menino com prendas, no Bistro, a equipa de bartenders decidiu receber o novo “menino dos seus olhos” com um menu de cocktails inédito. Construída de raiz a partir das memórias dos vários elementos por detrás do balcão, a nova carta reúne mais de duas dezenas de criações que apelam a todos os sentidos, transportando, em cada copo, uma história para ser lida, ouvida, cheirada, bebida e partilhada. Gota a gota.
Nova decoração
O título é oficioso, mas se houvesse um nome a indicar para “artista residente da casa” seria o de Mário Belém. Foi ele quem, em 2014 e com mais de sete mil garfos de madeira, criou a santa padroeira do Bistro, “Nossa Senhora da Gula”; quem, em 2015, colou centenas de livros nas paredes e nos tectos e, sobre eles, criou uma instalação de arte que se espalha por todo o piso térreo do restaurante, com peças como “Arrebenta Coração”; e quem em, 2016, juntamente com Filipe Pinto Soares, desenhou a Hendrick’s Room, uma sala privada inspirada nos botânicos da marca de Gin, que nos transporta até um universo paralelo. Por tudo isto e mais alguma coisa (e são muitas coisas, entre rótulos de garrafas, livros ilustrados e desenhos em menus), não podia ser outro senão Mário Belém a liderar a mini-revolução no Bistro, com a renovação da decoração no interior – e um actualização no exterior.
No Quarto do Bistro, criado em 2014 pelo gabinete de arquitectura HA+JE, Mário decidiu virar “O Quarto do Avesso”. A intervenção é uma reprodução “de pernas para o ar” de uma imagem de William Morris, um dos seus heróis e criador do movimento Arts & Crafts. A sensação é a de entrar num jardim invertido, onde as enormes flores coloridas e candeeiros estão de pernas para o ar – quase como uma Alice depois de comer o cogumelo mágico. Já no piso de cima, o desafio foi fazer crescer a sala histórica deste que foi o antigo Bachus. Como? Aplicando 100 espelhos de diferentes tamanhos, formatos e feitios ao longo das paredes e tecto, que prometem trazer continuidade aos pequenos grandes prazeres da vida.
À fachada, chega também uma nova montra assinada por Mário Belém, patrocinada pelo whisky Monkey Shoulder, com o imaginário da marca a servir de inspiração para uma Grande Fuga.
Nova bebida assinada por Ljubomir Stanisic
Depois de criado o primeiro vinho há mais de uma década, Ljubo não resistiu ao milagre da multiplicação. Entretanto, criou umas dezenas de referências, uma cerveja, uma aguardente. Agora foi a vez de o chefe jugoslavo-mais-português-de-sempre lançar o primeiro Rum.
Refugees Rum é o nome da mistura assinada por Ljubomir Stanisic, envelhecido durante 2 anos nos armazéns da Licores Serrano, na Serra da Estrela. Feito a partir da cana do açúcar – originária da Síria, na antiga Pérsia –, migrou ao longo do mar Mediterrâneo até ao sul de Espanha, onde é destilada, e chegou finalmente a Portugal onde encontrou refúgio, porto de abrigo. Depois de estagiar em barricas de carvalho francês, por onde antes já tinha passado whisky, ginja portuguesa e vinho do Douro, Refugees Rum nasceu. Um rum com madeira nobre dentro, com doçura, elegância e subtileza. Um rum de alma muito portuguesa – a mesma alma que levou os portugueses por esses mares e caminhos afora e que, por isso, é uma alma que reflecte o mundo inteiro. Um mundo sem fronteiras, unido pela língua universal do prazer de bem beber.
É uma história contada em garrafas: 1454 para sermos exactos, todas numeradas e ilustradas por Mário Belém com imagens que nos remetem para o Médio Oriente. Uma história com uma missão que toca especialmente o chefe nascido em Sarajevo: apoiar os refugiados, contribuir para a possibilidade de um final mais feliz, sendo que parte do valor das vendas reverte a favor da JRS – Serviço Jesuíta aos Refugiados –, uma instituição de acolhimento e apoio a refugiados em Portugal.
Com um valor de venda ao público de cerca de 32 euros, Refugees Rum já se encontra disponível para compra no mercado e para provar, a copo(s), nos espaços 100 Maneiras.